Tuesday, May 13, 2008

São Januário terá melhorias para sediar clássicos no Brasileiro

O assessor da presidência do Vasco, Ricardo Vasconcelos, fala sobre as modificações que serão realizadas em São Januário para, entre outros, receber os clássicos contra Botafogo e Fluminense, quando o Gigante da Colina tiver o mando de campo.

"Acho que determinadas coisas que acontecem, por piores que sejam, você tira sempre proveito. Foi um aceno para nós, que estamos pretendendo sediar grandes jogos, inclusive com Fluminense e Botafogo. Chegamos à conclusão que precisamos mudar algumas coisas. No sentido interno, estrutural, e no externo também, com a participação dos órgãos de apoio, como os ônibus. Chamei a SMTU [Superintendência Municipal de Transportes Urbanos] para participar da reunião. Eles se desculparam que não podiam naquela mas viriam na próxima. A Guarda Municipal, o 4° Batalhão [de Polícia Militar], GEPE [Grupamento Especial de Policiamento em Estádios] e Corpo de Bombeiros. Por mais que tivéssemos planejado tudo que poderia acontecer, na prática, o torcedor chega em cima da hora. A Guarda Municipal tem um problema, porque tem um campo de ação limitado, recebe uma determinação da CET-Rio [Companhia de Engenharia de Tráfego] e tem que executar aquilo que foi planejado. Ela não pode, por livre e espontânea vontade, dizer 'Vamos inverter isso, aquilo'. Teve um jogo também no Maracanã, de Libertadores, que eles achavam e realmente deu um público grande. Toda vez que tem duas praças de esporte com um público de grande porte, dificulta muito o operacional. Mas achei que, com tudo isso, foi um aprendizado muito importante, porque já mantive contato com eles. Vamos fazer uma grande reunião agora, visando esses jogos. Vamos ter que fazer algumas modificações, aquelas baias, grades agora em todas as nossa roletas. Não vamos permitir estacionamento mais em dia de jogos na Almério de Moura. Isso a Guarda Municipal vai entrar com o seu quinhão, o 4° Batalhão colaborando para que não deixem estacionar ali, porque naquilo vai ficar a área que vai ser seguida as grades, que vamos chamar de baias. Do lado da piscina, onde era o antigo acesso dos visitantes, já chegamos à conclusão que vamos ter que fazer uma obra para colocar mais quatro ou seis roletas de acesso. Isso é uma coisa que vai facilitar", disse ao "Casaca no Rádio", programa oficial do Vasco, veiculado na Rádio Bandeirantes.

"É preciso que o torcedor se conscientize que, a partir do campeonato nacional, não vai ser permitida a venda de bebida alcoólica no estádio e, teoricamente, a 200 metros de distância do estádio, porque foi o que o camarada da Guarda Municipal me disse. 'Podemos dar apoio em uma fiscalização sanitária, mas não temos poder de chegar e fechar o bar, tampouco a polícia'. Aquela área, você sabe da informalidade, como funcionam aqueles bares. O que vai acontecer é que o torcedor vai querer ficar do lado de fora, bebendo, e quando estiver faltando 15 minutos para o jogo, vai querer entrar todo mundo ao mesmo tempo. Estamos pedindo, fazendo um apelo que, com essas grades, o que estamos planejando, ele vai ter dificuldade para entrar. Não precisa entrar com duas, três horas, mas ele se conscientiza e em um jogo de menor porte entra direitinho, mais cedo e se acomoda. Se deixar para ir naquele tumulto, achando que a roleta vai ficar aberta e eles vão conseguir pular, fazer e acontecer, não vão mais porque vai ter as baias, o policiamento, e só vai entrar com ingresso. A pessoa comprou e não tem mais por onde sair, ela compra e vai ter o acesso direto. O mesmo estamos fazendo com a parte do associado. Começamos hoje a informatizar seis roletas ao lado, em que ele vai comprar o ingresso dele e não poder ir a conto algum. Ele compra e ali só tem um espaço, para se ele não conseguir comprar porque não está em dia ou não é sócio, sair. Se for para o jogo, vai ter que seguir um caminho pelas grades, passar e adentrar ao estádio. Temos que tomar essas medidas preventivas porque não podemos... sabe que a proporção... É o que digo sempre. Para o Vasco, uma lagartixa é um jacaré, uma minhoca é uma cobra. Para os outros, não. Uma cobra é uma minhoca, um jacaré é uma lagartixa. Para nós, sempre é o contrário, tudo tem uma repercussão muito maior".

"Vamos fazer já essa semana uma reunião com eles. Já entrei com um pedido na CET-Rio desse estudo da inversão da General Almério de Moura, mas eles me fizeram uma sugestão que temos que ainda pensar, porque querem aquela parte do estacionamento também, acham que aquilo atrapalha muito, o quiosque aonde tem aquele terreno. Eles querem deixar aquela área toda livre, fazer uma maneira que a pessoa desça e tenha uma grade levando ao estacionamento, mas não fique parando ali em volta".

"A gente tem que enaltecer e fazer um elogio, para não passar desapercebido, que temos um sistema de segurança altamente confiável. Foi atirado um copo no bandeirinha. Temos um sistema integrado entre as nossas câmeras, que fica com a presença de um membro do GEPE e um do bombeiro, se comunicando com o rádio na arquibancada em todos os setores. Eles ficam espalhados, o pessoal do GEPE tem dado um apoio muito grande. Eles fazem um cordão praticamente de 20 em 20 metros. Na câmera, na hora que foi atirado o copo, o próprio soldado já fez contato com a arquibancada, o policiamento. Não levou seis minutos para ser preso, identificado e conduzido à 17ª DP [Delegacia de Polícia]. Tenho a cópia da ocorrência, tudo direitinho. Isso tudo são coisas que é preciso que se dê esse valor e saiba que São Januário é um estádio que tem segurança e uma infra-estrutura que permite grandes jogos", disse sobre um torcedor que atirou um copo no gramado durante a partida de ida pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, contra o Corinthians-AL, na última quarta-feira (07/05), em São Januário.

"O jogo do Botafogo até sexta-feira tem que ser definido. Amanhã [hoje] já vai ser feita uma inspetoria no estádio, pelo GEPE. Acredito que vá correr tudo bem porque já tínhamos feito todas as modificações que eles tinham nos solicitado. Não vai ter problema nenhum. É uma vontade também do Botafogo. Joga no Engenhão em um turno e em São Januário no outro".

"Estamos fazendo uma campanha forte em relação à SMTU, Guarda Municipal, para que o torcedor faça de São Januário realmente a sua casa, com toda a tranqüilidade, vá assistir seu jogo, leve a sua esposa, os seus filhos. Domingo, São Januário é uma coisa muito bonita, é muita família e criança, um astral muito bacana. Acho que isso que é importante, no momento, no futebol".

"Essa linha de integração já existe. O que é preciso ser feito é uma determinada conscientização, tanto do empresário, como da força policial, e um pouco do torcedor, em não querer depredar o ônibus, um policial estar ali para dar a garantia e o empresário apostar também, porque é um prestador de serviço, concessionário. Em todo negócio pode acontecer de tudo. O mesmo problema que acontece com o Maracanã - os caras tiram as linhas todas em volta e vão botar longe, na Saens Pena, Praça Vanhargem -, em São Januário também estão colocando na CADEG [Companhia de Abastecimento do Estado da Guanabara], passam longe dali. Essa linha de integração do metrô, se você reparar em São Januário, passa sempre ali, está passando. Naquela mesma empresa de ônibus, você compra o tíquete de integração e vai até o metrô. Só que, tanto essa linha, como os outros ônibus comuns, retiram de circulação. Você passa e vê os pontos cada vez mais cheios porque os caras entram pela janela, querem entrar e brigar dentro do ônibus, arrebentar. Não tem aquela consciência e fica um negócio difícil. Precisaria que tivesse um entendimento entre as três partes. O policiamento, para dar a segurança, em que o torcedor pudesse ter a sua condução, e garantir o patrimônio do empresário, que vai ter um prejuízo considerável e não tem seguro que faça pagar aquilo, não paga. O torcedor é o mais prejudicado porque leva um tempo enorme. Fora isso, você vê que eles reduzem até os outros locais. Domingo já é um negócio tão absurdo. Esses empresários reduzem porque o ônibus roda com uma capacidade inferior a 20% do que precisa. Começou-se a questionar e achar que eles deveriam usar o microônibus, mas ninguém quis investir em microônibus para usar em um curto espaço de tempo, então eles reduzem mesmo. Áreas que não têm nada, nenhuma ligação com o estádio e o torcedor, já é um transporte reduzido. Eles aproveitam esse gancho para dia de jogos e reduzem cada vez mais. Quem tem o seu carro desce a Almério de Moura e, quando pega a São Luiz Gonzaga à esquerda, vê aqueles pontos, que é um verdadeiro absurdo o número de pessoas esperando uma condução. A única opção é descer e ir até a SuperVia para pegar um trem", disse sobre uma linha entre a estação de São Cristóvão do metrô e São Januário pelo menos aos domingos.

"Tive no Maracanã uma reunião por causa de um jogo. Ele estava falando assim 'Quando não tiver jogo no Maracanã, no Brasileiro, mas tiver em São Januário, entra em contato comigo. Vou mandar uma pessoa lá para a gente fazer um trabalho de orientação, de eles irem até a Quinta [da Boa Vista] para pegar o trem lá. Coloca composições já esperando o torcedor, como fazem com o Maracanã. Não sai da Dom Pedro II, já fica ali esperando o torcedor sair. 'Isso seria interessante'. Seria, desde que o torcedor consiga chegar na Quinta. Em um jogo à noite, como vai fazer? Esse problema, estamos tentando marchar justamente para encontrar um denominador comum, porque São Januário, o estádio é belíssimo, um atrativo, uma coisa boa, sadia, mas que realmente tem essa dificuldade, principalmente porque o estacionamento não é igual ao Maracanã, não tem regulamentação nenhuma. O cara vai chegando com o seu carro, tem aquela enxurrada de flanelinhas e vão deixando em cima da calçada, aqui, ali, dificultando cada vez mais uma passagem de trânsito, tendo às vezes em uma rua que poderia ter duas pistas de rolamento, uma e, mesmo assim, precária. Isso dificulta. Para que a gente consiga resolver isso, acho que tem que ter um grande entendimento em todas as áreas".

"Começamos o Campeonato Carioca e fizemos um trabalho de mídia que não ia se vender ingresso no mesmo dia, ia ser nos postos diferentes, perto do estádio, ter as bolsas, barreiras para não deixar ninguém sem ingresso entrar. Chegou no dia e o próprio Poder Público que estava sentado na reunião com gente, que assumiu tudo, ia fazer, dar à luz, fornecer, etc, simplesmente no dia seguinte passou um fax dizendo que prefeito [Cesar Maia] não concordou e acabou tudo".

"Hoje mesmo teve duas audiências da Nestlé. O cara queria entrar com a camisa do Internacional, ingresso de promoção e no meio da torcida do Vasco. Não pode".

Fonte: VascoExpresso & netvasco

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